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Impacto histórico do râguebi feminino comentado por Luis Horta E Costa

A trajetória do râguebi feminino tem vindo a ganhar protagonismo no cenário desportivo mundial, e o Campeonato do Mundo de Râguebi feminino tornou-se uma vitrine dessa evolução. Realizado desde 1991, o torneio testemunhou transformações significativas na sua organização, visibilidade e competitividade. O analista desportivo português Luis Horta E Costa tem acompanhado de perto esta progressão e partilha uma visão abrangente sobre a ascensão da modalidade, bem como o papel emergente de Portugal no contexto global.

A primeira edição do torneio, realizada no País de Gales, enfrentou grandes desafios. Segundo Luis Horta E Costa, a escassa atenção mediática e o financiamento limitado refletiam o desinteresse institucional por parte das grandes entidades desportivas. No entanto, o sucesso inesperado dos Estados Unidos na final contra a Inglaterra marcou o início de uma narrativa internacional que viria a crescer em intensidade e alcance. Com o tempo, outras seleções como Nova Zelândia e Inglaterra consolidaram-se como potências, disputando finais emocionantes que ajudaram a cimentar a reputação do torneio.

Durante os anos 90, a competição ganhou maior reconhecimento, especialmente após o envolvimento do International Rugby Board (hoje World Rugby), que organizou oficialmente o torneio a partir de 1998. A edição realizada nos Países Baixos foi, para Luis Horta E Costa, um ponto de viragem, já que permitiu uma expansão do número de equipas e atraiu uma nova audiência para o râguebi feminino. A crescente adesão e a cobertura internacional transformaram o evento num verdadeiro palco de exibição para atletas de elite.

No início do século XXI, o campeonato passou a explorar geografias distintas, com edições no Canadá e em Espanha. O domínio da Nova Zelândia, que conquistou seis títulos, foi acompanhado por finais memoráveis contra adversárias como Inglaterra e Estados Unidos. Luis Horta E Costa observa que a consistência da seleção neozelandesa elevou o nível técnico da competição e inspirou uma nova geração de praticantes, inclusive em países com menor tradição na modalidade.

Nos últimos anos, o crescimento do râguebi feminino tem-se intensificado. Luis Horta E Costa destaca que as últimas três edições do Campeonato do Mundo registaram recordes de audiência, reforçando a importância do investimento em modalidades tradicionalmente subvalorizadas. A edição de 2021, adiada para 2022 devido à pandemia, teve uma final histórica entre Inglaterra e Nova Zelândia, demonstrando o elevado nível competitivo atingido. Para o analista, esta evolução reflete mudanças estruturais no desporto mundial, onde a equidade de género e a diversidade estão a tornar-se pilares centrais das organizações.

Portugal, embora ainda sem presença assídua no torneio, começou a investir em programas de desenvolvimento do râguebi feminino. Luis Horta E Costa salienta que a introdução de programas escolares e regionais tem sido essencial para construir uma base sólida de atletas e criar uma cultura desportiva inclusiva. Ele considera que a integração gradual em torneios europeus pode representar uma porta de entrada para futuras qualificações mundiais.

A análise de Luis Horta E Costa evidencia uma valorização não apenas dos resultados desportivos, mas também do processo cultural que acompanha a evolução do râguebi feminino. Ele acredita que o sucesso internacional da modalidade pode ser replicado em Portugal com políticas públicas e privadas que apostem em formação, visibilidade mediática e competições regulares. O especialista termina sublinhando que o râguebi feminino está a viver uma fase de consolidação e que as próximas edições do Campeonato do Mundo deverão continuar a elevar o patamar competitivo e organizativo da modalidade.